Resenha O Menino do Pijama Listrado
Trata-se de um filme genuíno onde o holocausto é visto de uma outra maneira, por uma criança... Todavia, será mesmo que a sociedade corrompe o homem? Ou o homem deixa-se ser corrompido? Creio eu, que O Menino do Pijama Listrado foi um filme feito para impactar mas além disso podemos perceber que Bruno não se deixa corromper. Por quê? Filho de um comandante nazista, vivia sem saber realmente qual a função de seu pai até se mudar. Quando entra em contato com a “história atual” percebemos que sua redoma trinca. Apenas trinca. O amor que sente pelo seu amigo judeu atravessa os conceitos impregnados em livros que é obrigado a assimilar. Ao sermos crianças temos uma visão muito sonhadora do mundo, porque deixamo-las serem totalmente perdidas ao longo do tempo? Isso salva Bruno de um certo modo, salva-o de viver o resto da vida com conceitos encrustados em sua mente. Já sua irmã permite-se conhecer afinco e acreditar com fervor em tais conceitos talvez por ter perdido sua visão fantasiosa, e também para impressionar o Coronel. Alguns perceberiam a redoma de Bruno trincada ao fingir que nunca conheceu Shmuel, vejo isso de outra maneira... O medo do Coronel é tão grande que o leva a fazer isso, não porque ele seja mau. Ele nunca imaginaria as consequências que seriam trazidas com seu ato, na ingenuidade de uma criança, foi como se não quisesse admitir que foi ele quem quebrou o carrinho mesmo ser querer.
Porém, porque tal redoma trinca? Ao receber o choque de informações Bruno não sabe realmente o que pensar, levando-o também à tratar Shmuel desta forma. Mas logo percebemos que sua opinião se firma, ele mesmo parece não se perdoar de atuar desta forma.
Constatamos que Bruno quer sentir orgulho do seu pai, assim como Shmuel. Ao ver o filme em que mostra uma nova vida no campo de concentração, sente-se aliviado... Sua ingenuidade o impede de ver que aquilo era somente para tapar as evidências.
Nota-se fortemente a presença