Resenha O INDIVIDUO
Analisando a obra do escritor francês Alain Renaut, nascido em 1948. Ex- aluno da Ecole Normale Superieure, ele é professor de filosofia política e ética da Universidade Paris IV- Sorbonne. Ele também oferece um seminário de mestrado na Sciences - Paris, dedicado ao problema da justiça global e de desenvolvimento humano. Ele já publicou vários livros sobre filosofia, entre estes está o livro O indivíduo – reflexão acerca da filosofia do sujeito, que será abordado neste texto. A edição a ser analisada é da Coleção Enfoque - 2ª edição, com a tradução de Elena Gaidano.
A obra O indivíduo, vem abordar os diálogos e pensamentos dos sujeitos históricos, dentro das perspectivas dos filósofos que abrem um dialogo sobre o tema individualidade. Traz grandes debates a respeito do individualismo, democracia, política. Trabalha na atuação principalmente pós II Guerra Mundial, quando há um “bum” da Revolução Francesa e o que ela trouxe, que acabou dando ao Homem, meios de se tornar um ser ”único/ individual”.
Em seu texto introdutório existe uma abordagem temática a respeito de uma “nova liberdade” questionada entre alguns pensadores como Hegel, ele já observava que, se os Antigos se sabiam livres enquanto cidadão, nem Platão, nem Aristóteles souberam que o homem enquanto tal é livre. Salvando sua observação com uma citação “A exigência infinita da subjetividade, da autonomia do espírito em si era desconhecida dos atenienses” (p. 06) o que Heidegger, acaba assumindo também para si a observação de Hegel. Entretanto, a introdução aborda também o quanto o sujeito histórico desde a Grécia antiga, já buscava a sua “autonomia”, inclusive, no próprio texto aborda que a palavra autonomia deriva do grego, que traduz uma liberdade.
Trabalhando nesta linha de autonomia em uma citação desta obra, faz jus a essa liberdade expondo da seguinte maneira: o homem é o autor de seu direito e que esse direito se afirma unicamente por ser fundado sobre o acordo