Resenha O fim do mundo antigo
Gilvan Ventura Silva se apoia nas ideias de diversos historiadores para fazer sua análise sobre as inúmeras interpretações sobre a queda do Império Romano. A partir de sua pesquisa ele mostra como todos se sentem atraídos pela grandeza e decadência de Roma, o que de fato não é viável acontecer, pois de acordo com Gilvan essa expressão fim do Mundo Antigo não apresenta nenhum conteúdo pejorativo no decorrer de seu trabalho. Essa expressão serve apenas para definir o auge de um amplo conjunto de transformações que vinham ocorrendo na sociedade romana. O autor no transcorrer de seu trabalho procurou descrever as teses defendidas por diversos historiadores, mostrando que foram produzidas inúmeras interpretações sobre o fim do Mundo antigo conforme os pressupostos que estão relacionados com o conhecimento histórico. A primeira tese apresentada por ele refere-se ao historiador André Piganiol, que afirmava que “a civilização romana não pereceu de morte natural. Foi assassinada”, ou seja, há uma tendência em atribuir aos bárbaros a culpa pelos acontecimentos que acarretaram a desagregação do Império Romano. Para tais confirmações, segundo o autor, deve-se partir de duas premissas fundamentais. A primeira é que todas as formações discursivas provêm de um solo que as possibilita, e a segunda é que sé se pode propor novas explicações para os fenômenos históricos se a historiografia for conhecida. A partir disso, Gilvan mostrou que no século XIX houve um avanço na estrutura da história, no entanto, trabalhos de muitos historiadores se mantinham limitados, pois muitas concepções de épocas anteriores resistiram às inovações. A mais evidente citada por Gilvan era a ação política, porém não se tratava de uma ação política atrelada à manifestação particular e sim uma ação vinculada à História da Humanidade. O que despertou nos historiadores o