Resenha O Ensino da Gramática: Opressão? Liberdade?
Ática. 2005
Graduando em Pedagogia, Claudimir Silva pela UEMG - Barbacena
Ensino da gramática: Opressão? Liberdade?: Resenha
O presente estudo tem por sua finalidade apresentar uma análise crítica sobre o texto
Ensino da Gramática: opressão? Liberdade?, com autoria de Evanildo Bechara. O autor se destaca por ser um grandioso professor, filólogo e gramático da contemporaneidade.
Atualmente, Bechara compõe o quadro de professores titulares das universidades do Estado do Rio de Janeiro e Federal Fluminense, além de contribuir com sua presença nas academias Brasileiras de Letras e Filologia. O livro estudado é composto por sete capítulos que vão se completando no decorrer da leitura. Escrito em um formado mais erudito, sua oralidade se torna densa a quem não possui o hábito desta interpretação, porém de grande importância em graduações que têm por alvo a formação de docentes nesta área, a de língua portuguesa. Como o próprio título do livro alega, Bechara traz em seu conteúdo um conflitante debate entre liberdade e opressão sobre o ensino da gramática. Em outras palavras, de modo geral, esse conflito se faz entre a linguagem culta e coloquial, chamado pelo autor, “crise de idioma”. Segundo ele, “a escola enfrenta uma crise de raízes muito profundas quando já recebe o aluno possuidor de um saber linguístico prévio limitado à oralidade”. Este fato ocorre pela linguagem erudita não está mais tão presente no cotidiano de grande parte da sociedade. A linguagem coloquial ganhando espaço em crônicas de jornais e revistas facilita o entendimento da leitura, em contraponto faz-se perder o velho hábito da leitura de textos clássicos com uma linguagem culta, no qual se podia “extrair subsídios para o
enriquecimento idiomático, especialmente no campo da sintaxe e léxico”. A crise citada pelo professor tem como “consequência nefasta o aumento da oralidade e o desprestígio