Resenha - O Ego e o Id

Resumo do volume XIX de Sigmund Freud : O Ego e o Id.

Em seus estudos Freud desenvolveu uma Teoria Topográfica da mente, que seria composta por três instâncias com funções específicas: o Id, o Ego e o Superego. Estas instâncias desempenham papéis distintos com relação às dimensões conscientes e inconscientes da mente, de acordo com seus processos de percepção e de aprendizagem e de interação com a realidade. Segundo a mesma teoria, o Id “é o repositório dos impulsos instintuais, de um ‘Ego’, que é a parte mais superficial do Id e aquela que foi modificada pela influência do mundo externo” sendo que suas interações com as dimensões conscientes e inconscientes distinguem-se “pois os processos no Id são inteiramente inconscientes, ao passo que a consciência é a função da camada mais externa do Ego, que se interessa pela percepção do mundo externo.” (Freud, Psicanálise - 1926). No Ego, a matéria formativa constitui-se as percepções enquanto que no Id constitui-se nos instintos, que foram divididos em duas classes distintas: os instintos sexuais ou Eros e os instintos de morte ou Tanatos. Com relação à dinâmica entre as instâncias denominadas Ego e Id postulou-se que o Ego desempenharia o papel de mediação, onde entra também a figura do Superego, como contraponto. Conseqüentemente, cabe ao Ego “aplicar a influência do mundo externo ao Id e às tendências deste, e esforça-se por substituir o princípio de prazer, que reina irrestritamente no Id, pelo princípio de realidade.” (Freud, O Ego e o Id – 1923)
Já o Superego apresenta-se como um ideal de Ego. Esta instância, que forma-se de uma diferenciação a partir do Ego, tem sua origem relacionada ao Complexo de Édipo e às primitivas escolhas objetais do id, ao que vêm se somar depois as influências recebidas de outras fontes, tais como a da autoridade religiosa, da educação escolar, dos sistemas sociais dentre outras. Ao Superego cabe o papel de tentar moldar o Ego por meio da repressão, podendo configurar-se