Resenha - O dia que durou 21 anos
RESENHA DO DOCUMENTÁRIO “O DIA QUE DUROU 21 ANOS”
ALUNO: ROBERTO FREYRE COSTA NETO
CADEIRA: TEORIA POLÍTICA DO ESTADO
PROFESSOR: MANUEL UCHOA
O documentário “O dia que durou 21 anos” aborda as consequências da contribuição dos Estados Unidos da América no golpe militar de 1964 no Brasil. Exploram-se os bastidores da participação americana a partir de materiais secretos da CIA, telegramas e até gravações telefônicas entre o embaixador norte-americano Lincoln Gordon e os presidentes dos EUA John Kennedy e Lyndon Johnson.
A narrativa é dividida em três partes: A Conspiração, Golpe de Estado e O Escolhido; sendo documentadas através de fotos, áudios, imagens de documentos e filmagens do período. Observa-se que o governo norte-americano acompanhou e influenciou diretamente a política brasileira na tentativa de impedir que o comunismo se instalasse na América Latina; para tal usou como artifício o investimento em propagandas contra revolucionárias, mantendo, assim, o país subordinado durante cerca de duas décadas. A película introduz o contexto vivido no Brasil desde João Goulart e suas tentativas de aplicação das chamadas Reformas de Base, até a reação estadunidense ao encaixá-lo como um comunista semelhante a Fidel Castro. No decorrer do documentário somos apresentados à figura central na mediação entre os conspiradores brasileiros e o governo americano: o embaixador Lincoln Gordon. Foi ele quem transformou o presidente João Goulart de líder popular com medidas reformadoras, como a reforma agrária, aumento de salários e fortalecimento dos sindicatos, em um homem alinhado com os governos comunistas de esquerda com interesses em uma revolução nos moldes cubanos. A obra relembra a Legalidade – movimento liderado por Leonel Brizola no Rio Grande do Sul para assegurar a posse do então vice-presidente João Goulart, em 1961, diante da renúncia de Quadros – e as estratégias golpistas para