Resenha O Deus Exilado

Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
Nome da disciplina: História das Religiões
Professor: Jimmy Sudario Cabral
Aluno: Carlos Felipe de Jesus Assis
Titulo: Síntese do livro: O Deus Exilado – Breve história de uma heresia. Autor:
Marilia Fiorillo, Cap. IV

Tempos conturbados aqueles, os primeiros séculos da era cristã! O historiador romano Suetônio (70 - 160), relata em livro, Vidas dos Césares, os novos seguidores de um tal Chrestus, “que haviam provocado tumultos em Roma”. Os seguidores da nova superstição não passavam de mais de 5% da população naquele período. Os mesmos eventos são citados por outro historiador, Tácito - a execução de cristãos, “transformados em tochas”, feita no ano 64 à mando do imperador Nero, acusados de incendiar Roma - possivelmente incriminados injustamente. Em outra fonte derivada da província da Britínea, Ásia menor, o governador
Plínio, o jovem (62 - 113), pede ao imperador Trajano conselhos para lidar com a nova situação que estava a caminho de se tornar calamitosa. A nova superstição incorporava cada vez mais adeptos, chegando a conquistar novos seguidores de ambos os sexos, sem distinção de idade e alcançando também as classes mais elevadas da aristocracia romana. Só que tal fenômeno, certamente subestimado e jocosamente apelidado de superstição pelos três autores, teve um êxito inabalável e duradouro. O império romano nos séculos I e II se expandia de forma jamais vista, rumando à novos territórios, tornava-se cada vez mais cosmopolita e por consequência, acabou promovendo o sincretismo cultural. Mitra, deusa persa era adorada pelas legiões romanas, e mais um amontoado de deuses de outras nações eram adorados neste período dentro do império. Todos os cultos conviviam em paz
(não era do feitio do império romano reprimir a adoração de outros deuses que não fossem os seus próprios, cobrava-se sim, fidelidade e o culto ao imperador). Porém existia naquele momento uma nova seita que indubitavelmente