RESENHA I
Ao analisar o texto, foi observado que no decorrer das décadas houve uma acentuada extinção dos povos primitivos - objeto de estudo dos etnólogos por muito tempo, devido as violentas agressões sofridas pelos povos primitivos, numa luta impiedosa contra o direito à diferença social e cultural por parte dos povos dominantes, que evocam o imperativo do desenvolvimento econômico e as exigências do controle politico para justificar tais ações, em uma busca desenfreada pelo poder ou dos recursos do planeta, causando desta forma o etnocídio e desaparecimento de universos culturais insubstituíveis.
Apesar dos etnólogos mobilizarem-se em movimentos em defesa dos diretos das minorias a exemplo do survival international. Ver-se que o futuro da etnologia não depende do futuro das sociedades da tradição, devido o surgimento do paradoxo de tradição e modernidade.
Modernidade, segundo S.N Eisenstadt, é o processo de mudança em direção aos tipos de sistemas sociais, econômicos e políticos que se desenvolveram na Europa Ocidental e na América do norte desde o século XVII até o século XIX, e propagaram-se, em seguida, nos outros países”, abrangendo as organizações sociais, politica, familiar, parentesco e econômica, que dá origem a difusão da racionalidade científica, mudanças e inovação, que são bases centrais da modernidade.
Em contraste à modernização temos as sociedades, arcaicas, primitivas ou tradicionais - termos que tomaram conotações pejorativas, e que Claude Lévi-Strauss chama de sociedade “fria”, que parecem estar congeladas numa história lenta e voltadas para o passado.
A modernidade com suas teorias de convergência, apesar de estarem longe de serem desprezíveis, não possuem valor e/ou poder profético, desta forma, a etnologia não ficou limitada a inventariar os universos culturais ameaçados de extinção, pois não ficou provado que as civilizações convergem; o que de certa forma era temido por Gobineau (1853-1855), que manifestou esse medo de ver a