Resenha e análise do livro o caso dos exploradores de caverna
A grande questão que aproxima o estudante de Direito a disciplina o introduzindo a pensar é a contraposição entre ser estrito ao que dispõe a letra da lei ou tentar interpretá-la de forma mais próxima com a realidade social e fática que nos é apresentada, procurando fazer do direito um instrumento da justiça e não, por vezes, um impedimento a ela. Foster prega que teria havido verdadeiro estado de natureza, e baseia-se na corrente jusnaturalista, uma vez que a morte de um foi necessária para continuação da vida de quatro.
Tatting fica em cima do muro e pede afastamento do caso por estar muito envolvido emocionalmente.
Keen em seu julgamento evidencia que, como juiz, deve aplicar o direito do país e não as suas concepções de moralidade. Sua corrente é o positivismo jurídico. Para os positivistas, a lei seria sua representante máxima e afirma que a lei do país é clara: “quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte”. Para ele, a repercussão que a discussão denotou se deu pelo fato de haver indistinção dos aspectos legais e morais.
No entanto, minha concepção é que o direito não pode se abster, de forma total, da moral, da ética, da política, do senso comum. O sistema jurídico é produto do meio social e deste sofre influências, logo, não deve se isolar dos fatos e valores. A lei não pode ser vista de forma dogmática, como uma emanação divina, já que o legislador, ao criá-la, não pode prever todos os casos possíveis, além de, muitas vezes, atender aos anseios da classe dominante, sendo injusto e lacunoso.
Assim, entendo ser mais adequado com