Resenha A Vida Simulada No Capitalismo 2
Rosemary Roggero
São Paulo: Letra e Voz, 2010. 232 p.
Rosemary Roggero é uma pesquisadora que tem se dedicado a investigar as relações entre formação e trabalho no âmbito da cultura. Graduada em Letras pela Universidade de Mogi das Cruzes, é especialista em Gestão de Pessoas pela Fundação Armando Álvares Penteado e possui Mestrado e Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente compõe o quadro permanente de docentes do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho.
O título deste livro é bastante elucidativo e provocador, constituindo uma crítica às condições simuladas de vida na sociedade capitalista. É instigante e nos convida a refletir sobre a condição humana, problematizando os espaços disponíveis para a subjetividade e as possibilidades de efetivação das nossas escolhas enquanto sujeitos. Fruto da pesquisa de doutoramento da professora Roggero, este livro discute a formação e o campo de atuação dos arquitetos, fazendo uma contextualização social e política do ensino e da profissão de arquiteto na conjuntura brasileira. Questiona se é possível compreender a subjetividade como um estado particular do sujeito enquanto expressão de sua própria especificidade. Com uma linguagem muito suave, o livro vai desenhando as relações entre o “sujeito arquiteto”, sua formação, o cenário em que está inserido e sua subjetividade.
A autora busca verificar as relações existentes entre a formação e o campo de atuação dos arquitetos de duas gerações distintas: 1960 e 1990. Para tanto utiliza a história de vida, como metodologia de pesquisa, pois entende que:
As relações sociais correspondem ao motor que movimenta a evolução individual, num processo permanente de construção e reconstrução. Nesse sentido, a biografia não pode ser tomada como mero suceder. A memória permite percebê-la como algo crescido e articulado, pleno de história e