Resenha: a segunda guerra mundial (ideologias)
TOTA, Pedro. A Segunda Guerra Mundial.In: MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2006. |
A Segunda Guerra Mundial ficou conhecida como “guerra total”. Entende-se por este título uma guerra em que foi preciso uma grande capacidade de mobilização material e humano. Nela considera-se qualquer indivíduo do lado oposto como combatente. Qualquer ação de guerra é legítima. Temos aí portanto, o primeiro grande indício de poder ideológico presente na Segunda Guerra. O conflito transpõe a barreira político-militar e se instaura em todo e qualquer ponto da sociedade, sendo possível então ataques cruéis contra civis desarmados simplesmente por serem de alguma “nação inimiga”. Segundo Pedro Tota, a segunda guerra foi uma guerra total no sentido lato da palavra, ou seja, no sentido mais abrangente possível, e isso foi possível pela ação poderosa das ideologias. Tal o seu poder que permitiu que inimigos de outrora se aliassem contra um inimigo em comum, como no caso da Grã-Bretanha e Estados Unidos, capitalistas e liberais, juntamente com a União Soviética, socialista, algo inimaginável décadas antes.
O pensamento dos países em conflito girava em torno do objetivo de submeter de forma absoluta o adversário. Este pensamento que fez ser necessário o empenho de grande tecnologia e recursos humanos para a guerra, do lado do Eixo. Já para o lado dos Aliados, as ideias também não ficavam na zona estreita: segundo Tota, apenas uma rendição incondicional seria aceita, e jamais uma paz negociada. Ambos os lados buscavam a dominação, de uma forma ou de outra, do inimigo.
Outra característica dada a este conflito, foi de se tratar de uma “Guerra de Massas”. Isso significa que foi necessário o envolvimento pesado de militares e civis – no combate, e nas indústrias, na produção de armas, alimentos, medicamentos, transporte, dentre outros pontos fundamentais para o sustento de uma guerra de