Resenha: a propósito de uma arte gramática impressa na bahia .
MAGALHÃES. Antônio Iglesias. A palavra e o Império. A propósito de uma arte da gramática impressa na Bahia em 1811.Anais de história de além-mar, Vol. X, 2009,pp.9
Resenha crítica sobre a palavra e o império. A propósito de uma arte gramática impressa na Bahia em 1811. Por Pablo Antônio Inglesais Magalhães.
O texto trás um conjunto de ideias sobre o poder da palavra, sua capacidade de difusão entre os povos, o que faz o leitor ter uma visão crítica a respeito do assunto, visto que a gramática é um dos principais meios de difusão de uma língua, sendo uma ferramenta importante para se aprender um idioma. Sendo assim a gramática assume o papel de servir como instrumento de domínio de um povo sobre outro, surge à relação de poder, que automaticamente gera a política. Sabendo disso, a gramatica era utilizada desde o século XVI pelos governos Ibéricos, que notaram o quão importante era o ensino da língua aos povos da América e África. Para além de ensinar era necessário compreender a língua dos povos que estavam sendo dominados por Portugal, visto que existia um interesse político, econômico, social o que nos mostra o quão forte era o poder da linguagem sobre os povos. No Brasil a primeira gramática foi publicada em 1595 pelos jesuítas Anchieta e Luiz Figueira, tendo como objetivo central a evangelização das populações africanas e o catolicismo dos povos indígenas. O domínio destes povos era facilmente feitos através da língua imposta, espaços eram ocupados, os índios proibidos de manterem suas línguas, devido a demarcação de territórios. A língua surge como manifestação de poder, como manutenção do império e da língua de Portugal, que deveria se estender para além dos povos indígenas, enfim, para todos os quadros administrativos ao largo do império. A preocupação do estado português não se restringia apenas à diversificação linguística do império, mas havia uma