Resenha A Metamorfose
O mundo do trabalho;
A ausência de subjetividade;
Relação pai e mãe;
Relação irmã-morte simbólica;
Gregor Samsa, um jovem adulto, trabalhava para sustentar a família, tomando o lugar de patriarca. O trabalho de caixeiro viajante, embora remunerasse bem, era muito desgastante e não o fazia feliz. Gregor era muito exigente consigo mesmo, sempre cumpria com suas obrigações, nunca faltava o trabalho e tampouco se atrasava. O trabalho tomava tanto seu tempo e seus pensamentos que acabou virando sua identidade, sendo reconhecido até pela própria família como apenas a fonte de renda. Após a metamorfose, é considerado apenas um fardo por não poder contribuir financeiramente como antes.
Pela ausência de convívio social, sonhos ou perspectivas de futuro além de quitar a dívida do pai, Gregor levava a vida de forma muito objetiva, pensando apenas nos desejos da família e não em seus próprios anseios. Sua rotina era comparável a de uma máquina, com pouco fator humano incluso, o que pode ter reforçado o seu deprezo pelo fato de ser um homem.
Talvez a principal causa de Gregor ter virado uma barata tenha sido a repugnância que sentia por si mesmo ao assumir o lugar do pai na casa. O fato pode ser considerado um Complexo de Édipo não resolvido, pois Gregor nunca se envolveu com nenhuma mulher e se deparou substituindo o próprio pai, faltando apenas ter a própria mãe como esposa. Ela, inclusive, depois da metamorfose do filho, desmaiava quando ele se aproximava, evidenciando que ela também estava desesperada com essa situação.
A relação de Gregor com a irmã era sua única esperança de redenção no mundo humano, pois ele queria colocá-la em uma escola interna para aprender música e salvá-la de uma existência medíocre como a dele. Porém, após a metamorfose, ele se desaponta com a insensibilidade e com a falta de amor da