Resenha a luta pelo direito
No livro A Luta Pelo Direito o autor, mostra e defende a concepção de que o direito é conquistado através de lutas. “Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta” (Ihering, p. 27). Pode até existir uma geração que nunca precise lutar, mas esses que vivem dessa forma só o fazem porque uma geração passada precisou conquistar esse benefício de que estão desfrutando no momento. Uma sociedade que lutou e se sacrificou pelo direito, valoriza aquilo que é adquirido por conta dessa batalha. Ihering nos apresenta a definição do direito objetivo e direito subjetivo, mas sustenta que sua obra está mais voltada para o segundo. No direito subjetivo uma pessoa pode ou não lutar pelo seu direito e só depende da vontade dela para que realmente ele seja efetivado. “o direito objetivo deixa a cada um a opção de fazer valer ou abandonar seu direito subjetivo” (Ihering, p. 39), mas deixa claro que não vale a pena lutar pelo direito se porventura essa batalha colocar em risco o seu direito principal que é a vida. O autor mostra ainda que pelo fato de nem todos lutarem pelos seus direitos, toda a sociedade deve se preocupar em lutar contra a injustiça. “no campo do direito privado há de ser travada uma luta contra a injustiça, uma luta comum de que participa toda a nação” (Ihering, p. 59) Uma comparação interessante que o autor faz diz respeito ao direito romano e o direito atual. No direito romano um cidadão que era prejudicado por outro não aceitava que o transgressor do seu direito só pagasse pela pena do ato ilícito, ele tinha que pagar pelas conseqüências daquele ato também. Já no direito atual o transgressor só paga pelo ato cometido.
“mantendo-se num plano eqüidistante do direito antigo, que aplicava a mesma medida na avaliação da lesão