Resenha A História vista de baixo de Jim Sharpe
Josielison Ferdinei da Costa Ribeiro1
Maria Raimunda Martins2
Jim Sharpe nos apresenta em seu texto a importância da “história vista de baixo”. Através de cartas escritas por um soldado chamado William Wheeler, ele consegue descrever com detalhes a convivência dos soldados na guerra, suas angustias, sofrimentos, anseios e medos. Esta visão do fronte só foi possível através da experiência vivida pelo soldado e relatado em cartas endereçadas a sua esposa que estava longe.
A história tradicional conta apenas os feitos do comandante, Duque de Wellington. De certa maneira ele venceu a batalha, mas e quanto aos que estiveram sob seu comando, aqueles cujos sofrimentos, medos e dificuldades William relata? Um dos grandes problemas que a história tradicional nos mostrou foram as limitações de fontes, que só poderiam ser oficiais e que de certa forma só narravam os feitos dos grandes homens. Isso é mostrado no texto de Jim Sharpe quando diz que nos livros de história só apresentaram o Duque como responsável pela vitória da batalha. Enquanto a história tradicional se volta para os feitos dos grandes homens e para uma visão parcial do que realmente foi, e se podemos dizer diferente, a história vista de baixo pode nos contar muito mais do que uma visão gloriosa segundo os grandes homens, pois se baseia em experiências de pessoas comuns. Diferentemente de uma “história total” segundo a perspectiva dos annales, que mostrava uma visão tanto de cima como de baixo. A história vista de baixo parte da perspectiva de experiências de pessoas comuns, se podemos dizer, no seu cotidiano.
Como podemos notar, a história vista de baixo utiliza as fontes orais estas mesmas fontes que foram por muito tempo deixado de lado, visto que a história tradicional se baseava apenas em documentos escritos e oficiais. As