Resenha - a história de todas as coisas
Apesar da apresentadora ainda acreditar em um governo “do povo, pelo povo e para o povo”, Annie realça a necessidade que o sistema capitalista tem de manter a economia “acesa” adotando a política do consumo e dos gastos desnecessários e desenfreados, onde um sistema perverso e cruel se utiliza de métodos exploratórios, desrespeitando as sociedades, culturas e o meio ambiente, com o único propósito de manter ativa a indústria.
O curta-metragem evidencia a banalidade do processo de criação e aquisição de novos bens de consumo. O organograma linear apresentado é considerado um sistema em crise evidente, em razão da finitude de recursos do planeta e da desvalorização dos indivíduos presentes neste processo, tornados cada vez mais submissos à forma com a qual este é desencadeado. A relação entre o caminho e a execução do processamento de todas as etapas de produção (economia de materiais) é tão falha quanto à utilização das matérias primas para desenvolvê-lo. A extração desenfreada de recursos naturais, que posteriormente são devolvidos ao meio-ambiente em forma de agentes tóxicos, não altera somente as condições climáticas e ambientais, mas também explica o negativo e predominante processo de surrupio de recursos alheios, gerando a destruição dos habitats e mão de obra barata que acaba por se deslocar para os grandes centros por não possuírem meios de adquirir seu sustento em “terra”