Resenha - A Guerra do Fogo
O filme A Guerra do Fogo, de Jean-Jacques Annaud, traz a história de duas tribos pré-históricas, ambientadas no período Paleolítico. Primeiramente conhecemos uma tribo que “possui” e cultua o fogo, os Ulam. Entretanto, após uma guerra contra uma tribo mais primitiva, eles acabam perdendo o fogo. Três homens da tribo, então, ficam encarregados de caçar e resgatar fogo, e aí, começa sua jornada em busca do fogo.
Nessa jornada, os homens enfrentam diversas dificuldades, sofrem ataques de animais selvagens e entram em batalha com uma tribo que pratica o canibalismo, os Kzamm. Eles escapam e encontram e resgatam uma mulher que estava sendo prisioneira nessa tribo. Essa mulher possui costumes bastante diferentes dos deles, podemos dizer que ela é mais desenvolvida. Em determinado momento, um dos homens da tribo Ulam, entra em contato com a tribo à qual a mulher pertence, os Ivaka. Com este contato e convívio com a tribo, ele observa os diferentes costumes e assim, adquirindo novos conhecimentos, entre eles, a tecnologia de fabricar o fogo. Ele então, volta à sua tribo junto à mulher, com quem mantém uma espécie de relacionamento, e ela, ensina aos Ulam como “fabricar” o fogo. O filme acaba em uma cena em que o casal está olhando a lua e ela está grávida.
Achei o filme bastante interessante. É até meio difícil acreditar que já fomos assim um dia. O que me chamou bastante atenção no filme foi a linguagem deles, criada especialmente por Anthony Burgess e Desmond Morris, e mostra como a comunicação, apesar de parca naquela época, sempre se fez necessária para vida em comunidade. E o que eu achei mais interessante e de certo modo, perturbador, é que apesar de sermos seres tão evoluídos, ainda mantemos diversos traços de homem