Resenha A Grande Expansão, Eric Hobsbawn
Hobsbawm nasceu no Egito quando este ainda era colônia britânica, o que garantiu sua passagem pela universidade na Inglaterra, não só como estudante, mas também como professor e pesquisador. Entre suas grandes obras está A era do capital, cujo segundo capítulo é A grande expansão. O texto estuda a expansão econômica após as revoltas de 1848, também conhecidas como "A primavera dos povos". Utilizando números e exemplos, pode-se analisar como a indústria cresceu utilizando o carvão, o ferro e o vapor, espalhando-se por todo o mundo com o advento o telégrafo e das estradas de ferro. Outro ponto, é a contenção das forças revolucionárias, os preços baixos e oferta de mão de obra geradas pelas revoltas que haviam acabado. Também é evidenciada a hegemonia industrial da Inglaterra no começo deste período, e como, lentamente, ela vai sendo alcançada em alguns aspectos por países como a Alemanha e os Estados Unidos. Não só mostrando os momentos de crescimento, o texto também passa por momentos de decadência econômica nas décadas seguintes, mostrando uma tendência cíclica no capitalismo até então liberal e pouco estudado. No final falando também da tendência das nações em investir nas universidades e sociedades científicas não apenas para a pesquisa econômica, mas também industrial, o que gerou inovações em várias indústrias como a química por exemplo, também em como a França priorizou a formação com excelência de poucos, enquanto outros países davam um ensino menos qualitativo e mais quantitativo. Fica bem claro como certas inovações expandiram as fronteiras do capitalismo para o globo e como isso cooperou para um grande crescimento da economia, assim como futuras inovações o viriam a fazer mais para frente, como a eletricidade combinada com a utilização de aço que deram origem outra revolução industrial mais para frente. Outro ponto