Resenha A função Transcendente - Jung
O texto mostra o fato de que constantemente o consciente e inconsciente então em conflito e raramente em acordo no que se reflete a seus conteúdos e tendências. Isso se deve ao fato de que, a consciência devido as suas funções dirigidas, exerce uma inibição sobre todo o material incompatível que surge do inconsciente. Mas a natureza determinada e dirigida da consciência é uma aquisição extremamente importante, sem ela a técnica, a ciência e a civilização seriam impossíveis, pois qualidades como persistência, regularidade e intencionalidade são cruciais nesses processos. Portanto não é apenas compreensível, mas até mesmo necessário que em cada individuo este processo esteja tão estável e definido quanto possível, pois as exigências da vida o exigem. Porém todas essas qualidades trazem consigo também uma grande desvantagem, o fato de que por serem dirigidas para um fim especifico, também há um bloqueio de todos os elementos que possam ser capazes de mudar a direção preestabelecida, inibindo assim certas circunstâncias que poderiam trazer algo novo e consequentemente enriquecer o processo dirigido. Por causa disso o processo dirigido se torna necessariamente unilateral, e quanto mais nos esforçamos em manter a atividade concentrada e dirigida da consciência maior risco de nos afastarmos do inconsciente, e quanto maior esse afastamento, também maior o risco de surgir uma forte contraposição, a qual quando irrompe pode ter consequências desagradáveis. Em virtude de todas essas coisas é que se faz tão necessária a “função transcendente”, que não deve ser entendida como algo místico ou metafisico, ela nada mais é do que a união dos conteúdos conscientes e inconscientes. O caminho está em tentar diminuir a separação entre o consciente e inconsciente e isso não pode ser feito se há uma condenação unilateral dos conteúdos do inconsciente, mas pelo contrário, reconhecendo a sua importância. É chamada transcendente