Resenha A exatidão no Jornalismo - Mirna Feitosa
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PEREIRA, Mirna Feitoza. A exatidão no jornalismo à luz da condição semiótica da linguagem. Galáxia [online]. São Paulo, v.2; n.4, 2002. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/1281 Acesso em: 09 abr. 2013.Resenhado por Guilherme Munhoz Barboza1
O assunto do qual tratou Mirna Feitoza em seu texto, A exatidão no jornalismo à luz semiótica da linguagem, foi a deficiência do jornalista em cumprir com seu dever de imparcialidade e exatidão, à partir da abordagem semiótica da linguagem jornalística. A autora pontua que por mais que o profissional se esforce para ser o mais exato e imparcial possível ele utiliza-se de signos para se comunicar, o que acaba por diminuir a exatidão das informações que o mesmo quer transmitir.
O signo como definiu Saussure é um conjunto de significante (imagem acústica) e significado (conceito que damos a essa imagem), mas o mesmo não consegue representar em sua totalidade o algo ao qual ele se refere, para exemplificar isso a autora cita a semiótica peirceana, que em uma de suas primeiras lições, a condição de parcialidade, define que o signo só é capaz de representar seu objeto sob alguns aspectos, o que traria à tona a questão da falta de exatidão na linguagem jornalística, pois se a mesma se utiliza de signos para se expressar assim como eles ela não conseguiria representar totalmente os fatos que narra.
Ainda sob a ótica peirceana a autora se refere à condição de referencialidade que trata da relação de referencia que o signo mantém com objeto que representa, ou seja para peirce o signo precisa se referir a algo para existir. A autora correlaciona essa condição ao jornalismo afirmando que o objeto da linguagem jornalística só pode ser uma ocorrência do mundo real.
Em seu texto a autora também se refere a relação de alteridade, que esta presente nas relações de parcialidade e referencialidade, segundo a mesma, essa é a mais obvia entre as condições da natureza semiótica da linguagem