Resenha- A cidade e as serras
A cidade e as serras é um romance em que José Fernandes conta a história de Jacinto de Tormes, um bem nascido, rico herdeiro de família portuguesa que foi exilada de Portugal por motivos políticos.
A narrativa se inicia com a história de Dom Galeão, avô de Jacinto de Tormes, que também se chamava Jacinto, contando os motivos que levaram o velho Galeão para exilar-se, indo para França, acompanhado da mulher, o filho Cintinho e grilo que seria futuro criado de jacinto. E em Paris seu filho Cintinho o pai de Jacinto cresce, porém ainda permanece doente e tristonho assim como era na infância, casa-se e morre, sem ver o nascimento do filho. Seu filho Jacinto nasceu e foi criado em Paris.
Ao contrário do pai Jacinto cresce forte e saudável, além do mais extremamente inteligente, com uma facilidade enorme no aprendizado. Nos tempos de faculdade tornou-se um soberano rapaz, e era chamado pelo inseparável companheiro Zé Fernandes como o príncipe de Grã Ventura.
É um convencido admirador do progresso, das ciências e do desenvolvimento presente nas cidades, julgando-a como a materialização da civilização. A frase que sintetiza a filosofia adota por ele é: ‘‘o homem é superiormente feliz, quando é superiormente civilizado”.
Portanto dizia que a natureza é atrasada no processo que ele julga civilizado, corrompendo o homem e levando a uma condição animalesca e o mesmo deixa bem claro o seu desprezo.
José Fernandes é chamado pelo tio para Guiães, e retorna para lá, permanecendo por sete anos. Depois desse tempo retorna novamente a Paris, e para o palácio do amigo o 202, nos Campos Elísios.
Nesse seu retorno encontra as coisas bem diferentes, tudo bem mais civilizado, como por exemplo: elevador para ligar os andares do palacete, aparelhos mecânicos para todos os tipos de necessidade, até mesmo as mais supérfluas.
Apesar de toda a inovação presente, todo aquele acervo de ferramentas a serem usadas no dia-a-dia, Jacinto parece desgastado e infeliz, haja vista que a