Resenha - A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo
(Stuart Hall)
Richard Kolberg
RESENHA
Stuart Hall analisa, no artigo “A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo”, a centralidade da cultura e a expansão de tudo que está associado ao mesmo, na segunda metade do século XX, e o seu papel constitutivo, hoje, em todos os aspectos da vida social.
Relata no inicio do texto as várias formas de expressões culturais, suas importâncias e o modo com que interpretamos a mesma a partir de um sistema de trocas de códigos. Referindo, principalmente, a Ciências Sociais como o meio que estuda mais afundo a cultura, aponta que essas áreas que permeiam a sociologia ainda não apresentaram de fato uma centralidade substantiva ou um peso de conhecimento.
Após a descrição de alguns exemplos importantes para mostrar a dimensão global da cultura, ressalta a importância dos estudos do mesmo para movimentar a sociedade global. Além de mostrar a ascensão dos meios tecnológicos e as suas respectivas influencias para o desenvolvimento de uma cultura. A seguir, considera os aspectos teóricos e conceituais, o amplo poder analítico e explanatório que o conceito de cultura adquiriu na teorização social.
No primeiro instante do texto, Stuart Hall, refere- se às questões da centralidade da cultura observando quatro dimensões: novos domínios, instituições e tecnologias associadas às indústrias culturais que transformaram as esferas tradicionais da economia, indústria, sociedade e da cultura em si; a cultura vista como uma impulsionadora de uma mudança histórica global; a transformação cultural do quotidiano; a centralidade da cultura na formação das identidades pessoais e sociais.
Depois de apresentar um primeiro plano sobre os aspectos da centralidade da cultura, ele passa para um segundo aspecto importante, as dimensões epistemológicas. Examina a cultura no contexto das tendências e direções contraditórias da mudança social