Resenha zelig

RESENHA CRÍTICA Leidiane Santos Oliveira[1]

O filme Zelig é um falso documentário produzido em 1983, sob a direção de Woody Allen, traz como elenco principal o próprio Woody Allen (Leonard Zelig), e Mia Farrow (Dr. Eudora Fleticher ). O filme obteve premiações no âmbito do cinema e fez participações no cenário internacional. A obra é caracterizada pela ironia e certo exagero, um enredo marcado por conflitos psicológicos que oscila entre a verdade e ficção, além disso, é marcado por um grande humor, característico das produções de Allen. O autor se utiliza de cenas reais e insere o personagem em espaços históricos conhecidos, entre guerras e espaços culturais, além de cenas marcadas pelas peculiaridades do cotidiano. Trata-se do personagem Leonard Zelig, um homem comum que desenvolve a capacidade de alterar sua aparência além de sua personalidade, com um intuito de se igualar e agradar as pessoas que o rodeia. Inicialmente o personagem é representado em uma festa, na qual já começa apresentar ramificações de sua identidade, pois ora ele se exibe em meios aos convidados influentes, ora em meio aos criados. A história passa mediante as circunstâncias das décadas de 1920 e 1930, embebidos pelos ideais de “American way of life”. Com fama de homem que transformava sua forma física[2] de acordo com o ambiente o qual estava inserido, ficou conhecido mundialmente e, suas modificações deixava a população inquieta à medida que se tornava vitima de um sensacionalismo midiático e comercial. Neste contexto, vários profissionais da saúde se engajaram na tarefa de descobrir as razões pelas quais Zelig se transformara constantemente. Consistia na tentativa da descoberta dos reais motivos que impulsionavam as mudanças recorrentes às características físicas de identidade e de caráter do personagem. Zelig foi internado em um hospital psiquiátrico, e estes médicos já mencionados buscavam diversas formas para entender o estranho fenômeno de mudanças que Zelig fora