Resenha: Virgínia Fontes - História e Modelos
O modelo científico, puramente conceitual, não deve ser utilizado como forma de reproduzir a realidade
“O modelo cientifico não é de forma alguma um guia para se pautar a realidade; também não configura uma “maquete” dessa realidade, não a reproduz em outra escala.” (FONTES, Virgínia. “História e Modelos”, 1997, p.355)
É um método puramente cognitivo e teórico. A construção do modelo consiste numa generalização prévia – recorte de um problema- e na sua aplicação, que deve conter uma explicação do fenômeno. Em suma, na fase elaborativa, o modelo é a construção de diferentes teorias baseadas no problema e sua aplicação consiste no esclarecimento dos aspectos desse problema.
A relação dos modelos e os dados empíricos pode ser entendida como um diálogo entre teoria e dados, os dados empíricos funcionam na intenção de reproduzir o objeto real, tornando-o mais fiel a realidade. O uso dos modelos não garante a cientificidade na pesquisa, é através dos constantes reparos e testes que o modelo em conjunto com os dados empíricos podem alcançar cientificidade.
Ao longo da história, o uso de modelos sempre se fez presente, a autora faz menção ao método Marxista e Weberiano.
Para Marx, o conhecimento eficaz é o conhecimento científico, Marx procura uma explicação teórica para a forma da articulação social, por meio de uma reflexão totalizada e na utilização da sociedade de classes como instrumento de análise, incorporando elementos essenciais e influenciadores como a economia, política, direito e ideologias. No método Marxista, não basta apenas rever todo o processo histórico, é necessário fazer uma correlação com o contexto histórico presente.
O segundo método apresentado por Virgínia Fontes é o método Weberiano. Diferente de Marx, que estava interessado na explicação dos fenômenos sociais e econômicos, Weber se interessa pela compreensão