RESENHA VIGILANCIA E SAUDE PUBLICA
A fome e a miséria no Brasil não é algo que acontece por acaso, mas é resultado de um processo histórico que não resolveu questões básicas. Com a explosão dos índices de desemprego nos anos 90, ela se agravou. Hoje, há um amplo consenso de que o mais terrível dos efeitos da miséria, a fome, não é causado pela falta de produção de alimentos, mas pela falta de renda das famílias para adquirir os alimentos na quantidade necessária e com a qualidade adequada.
A implantação de políticas estruturais para erradicar a miséria requer muitos anos para gerar frutos consistentes. Mas a fome não espera e segue matando a cada dia, produzindo problemas sociais, familiares, doenças, desespero e violência crescentes.
Há 20 anos atrás o país sofria por dificuldades econômicas muito grandes, porém, esse quadro mudou e a desnutrição é um ciclo vicioso de infecção e má alimentação. Em geral, ela ocorre em crianças, que são as mais suscetíveis, quando elas começam a andar, porque deixam o seio e do colo da mãe e vão para o chão, ficando sujeitas a infecções. A exposição ao meio ambiente contaminado não seria um fator negativo, porém, a maioria das crianças que sofrem de desnutrição possui uma família com renda baixa e concomitante a reduzida oferta de alimentos ou até mesmo ausência de alimentação, fator este, que agrava mais a susceptibilidade a infecções.
Atualmente são discutidas várias formas para o combate desta, porém, a “politicagem” mascara essa preocupação dos governantes, que passa a ser visualizada como um processo para aquisição de votos, e o combate à fome e a pobreza surge como consequência desse ato.
É possível erradicar a fome por meio de ações integradas que aliviem as condições de miséria, ações estas, que possa estar envolvendo as famílias carentes, de forma que essa contribua na geração de renda e redução dos índices de desnutrição e mortalidade infantil.
Assim, o combate à fome, deixaria de ser um problema de saúde