Resenha Velocidade da Luz
O documentário “Velocidade da Luz”, da National Geographic, aborda os desafios históricos da comunicação e as soluções adotadas ao longo dos anos, até culminar com o advento da fibra ótica. O primeiro momento do filme nos contextualiza historicamente, relatando várias das formas encontradas pelo homem para se comunicar, desde a utilização do fogo para comunicar a queda de Troia, passando pelas torres telegráficas da era Napoleônica e a revolução radiofônica até chegarmos às tecnologias às quais estamos acostumados hoje. O documentário mostra como, ao longo da história, o domínio da comunicação (e o conhecimento dos meios mais eficazes) trouxe grande poder e vantagens econômicas aos seus detentores, assim como exemplifica tragédias que poderiam ter sido evitadas poucos anos depois, com o uso de novas tecnologias. As descobertas de Bell, ao utilizar frequências distintas para transmitir mais de uma mensagem em um mesmo cabo, abriram as portas para o que conhecemos hoje como a telecomunicação moderna (é particularmente interessante a observação de que o mesmo Bell foi um precursor da utilização da luz para a comunicação. Sua ideia tinha falhas e foi rejeitada nesse então, mas trata-se da opção mais veloz de que dispomos hoje.) Finalmente, o documentário aborda o advento das fibras óticas, desde seu uso inicial na medicina até a sua adoção como a forma mais eficaz de transmissão de dados disponível atualmente, tratando também os desafios inerentes à sua produção. O relato histórico e a contextualização inicial deste filme ajudam a entender e apreciar os grandes avanços alcançados na área da comunicação, em um período relativamente curto da nossa história. Assim como entender as dificuldades impostas por cada meio nos ensina a dar valor às ferramentas à nossa disposição hoje em dia. Obviamente, não se pode ir além da velocidade da luz, portanto, termos dominado, de certa forma, a luz para nos comunicarmos, é um avanço de valor