Resenha: Trecos, troços e coisas.
Inicialmente, o autor faz uma justificativa do título da obra e, segundo as palavras do próprio autor, treco significa uma variedade de coisas, tangíveis ou não, e que podem ser transitórias. A delimitação do objetivo de Miller é a análise da cultura material supondo que a mesma não tem uma definição simples. Diante disse, utiliza-se da antropologia pra fazer uma análise histórica da cultura material, com os artefatos e o ‘mundo’ de objetos criados pelo homem. Como base nesses conceitos, nota-se que o livro propõe quem uma forma de contemplar a humanidade é justamente a análise da materialidade fundamental da vida humana.
Após uma análise geral do que é posteriormente discutido no livro, o autor inicia os escritos com o tema: Porque a indumentária não é algo superficial, nesse aspecto, faz uso dos conceitos de Antropologia Social. Propõe com esse capítulo que os objetos contém símbolos e signos que nos representam e não somente isso, representam nossas vontades e posturas. A indumentária mostra, por exemplo, muito mais que a forma de vestirmos, mas sim uma personalidade, origem, comportamentos.
O autor, ao longo de seus escritos, faz uma descrição pessoal acerca de nativos de determinas regiões como relato de experiência ao conhecê-los. Baseia-se na importância que os nativos de Trinidad atribuem as suas roupas; a capacidade do Sári assumir várias de utilidades na vida da mulher na Índia; além das variadas possibilidades e facetas que as roupas admitem em Londres, o autor constrói discussões que ajudam a entender um pouco mais as pessoas e os relacionamentos estabelecidos. Pode-se supor do texto que Miller utiliza a indumentária dos nativos como uma linguagem, como ele