Resenha Teoria Política
SANTOS, Theotônio dos. A teoria da dependência. Editora Civilização Brasileira.2000. Capítulo 2 – A teoria da dependência: um balanço.
Com todo o esforço teórico e metodológico na tentativa de se criar um novo modelo econômico na América Latina, no início da década de 1960 a Teoria do desenvolvimento foi estruturada a partir da superação dos domínios coloniais, do surgimento de novas nações e de burguesias locais que queriam expandir a sua participação na economia mundial. Surgem também novas concepções de modernidade identificadas a partir de uma racionalidade econômica, que buscava explicar as desigualdades que eram promovidas pelas relações internacionais.
Com isso, o processo de desenvolvimento passava a ser visto como um produto do desenvolvimento capitalista mundial, se tornando uma forma específica de capitalismo. Essa teoria começa a perder sua força por conta da incapacidade do capitalismo de reproduzir experiências bem sucedidas de desenvolvimento em suas “ex-colônias”. Até os países latino-americanos, que apresentavam as suas taxas de crescimento elevadas, eram limitados pela sua dependência econômica e política à economia internacional. Essa necessidade de se buscar novos rumos teóricos faz com que a Teoria da dependência nasça.
Em um momento em que a economia mundial já se constituía de grandes blocos econômicos, a teoria da dependência não via e classificava as economias dos países como desenvolvida ou subdesenvolvida, como se elas estivessem seguindo etapas em um processo de evolução, mas sim, como processos que ainda estão veiculados estruturalmente e que são distintos e contrapostos. Assim, a teoria da dependência se dignava a entender o sistema capitalista enquanto um sistema que criava e ampliava as diferenças em termos econômicos, políticos e sociais entre os países.
Com isso, a economia de alguns países seria condicionada pelo seu desenvolvimento e expansão de outras economias. Dessa forma, o