Resenha - Sonho Grande
(Cristiane Correia; Rio de Janeiro: Sextante, 2013)
A autora Cristina Correia revela no livro detalhes dos bastidores da história do homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann, e de seus sócios, Marcel Telles e Beto Sicupira.
A história começa com a jornada de Jorge Paulo Lemann. Desde criança Jorge Paulo teve uma vida financeira confortável na suíça. Sua criação girava em torno da ética protestante, baseada na frugalidade, na disciplina e no trabalho, seria um dos pilares da formação intelectual do empresário.
Aos 14 anos teve que lidar com a perda do pai, que morreu atropelado por um bonde em botafogo, Rio de Janeiro. De uma hora para outro o casula da família se tornou o home da casa.
Em setembro de 1957 desembarcou Cambridge em busca de um diploma em Harvard. Sua estreia em Harvard foi terrível, como a autora menciona (p. 41)
“[...]o “garoto de praia” morria de frio e sentia falta das ondas.”
Suas notas eram irregulares ficam a baixa da média. No final do primeiro anos Jorge Paulo decidiu fazer uma brincadeira que quase custou a vaga na universidade, Jorge Paulo simplesmente soltou um punhado de fogos de artifícios em plena praça central de Harvard. A brincadeira fez sucesso entre os alunos, mas foi pego em flagrante pela administração do campus, então ele voltou para o Brasil. Depois de alguns dias Jorge Paulo recebeu uma carta de Harvard recomendado que se ausentasse da instituição por uma ano – para amadurecer. A carta quase fez efeito, mas Jorge Paulo decidiu mudar sua vida, voltou para Harvard e terminou a faculdade.
Lemann começou sua carreira profissional trabalhando no mercado de capitais, mas via com decepção como as corretoras da época (final dos anos 60 e começo dos anos 70) trabalhavam, pois, mesmo quem trabalhava muito, tinha dificuldades para conseguir subir na rígida hierarquia que até então reinava e que ainda domina em boa parte das empresas brasileiras.
Aos 31 anos de idade, Lemann resolveu mudar de