Resenha Sobre o Tratado Político-Teológico de Spinoza
Departamento de Ciência Política
Política II
Resenha do Texto: Prefácio do livro "Tratado Teológico-Político"
Espinosa, em seu prefácio do livro "Tratado Teológico-Político", sintetiza seu pensamento acerca da religião e da superstição, de como estas influenciam na maneira de pensar e agir da sociedade, e também como podem influenciar na política a qual dita sociedade está inserida. Inicialmente, transcorre sobre as dúvidas e indecisões e a procura de uma saída, que encontram na religião e na crendice, e no que elas podem resultar; argumenta sobre o efeito do medo na mente das pessoas, sobre a liberdade, os abusos da religião e o direito natural como melhor maneira de se julgar o certo e o ímpio.
Inicialmente, Espinosa faz uma breve elucidação do efeito da incerteza do homem, que o faz acreditar em qualquer coisa que o conforte; porém, quando este está confiante, se transformam em seres orgulhosos e presunçosos. Quando enfrentam o perigo eminente, os homens imploram por auxílio divino na esperança de que lhes seja feita a melhor das vontades, o que segundo o autor, seria loucura. O medo seria a causa que origina a superstição, pois, segundo Espinosa "(...)os homens só se deixam dominar pela superstição enquanto têm medo." A dominação faz uso desenfreado do medo para alcançar seus objetivos.
Para Espinosa, a superstição é um instrumento para governar a multidão, pelo pretexto da religião, que é seguida pela imensa maioria da população. Todos os homens, sem exceção, estão naturalmente sujeitos às superstições; estas são extremamente variáveis e inconstantes; além disso, a superstição não provém da razão, mas única e exclusivamente da paixão. Por isso é que se diz que os homens facilmente se deixam levar por elas.
Em seguida, o autor faz uma crítica ao regime monárquico, que mantém os homens enganados utilizando a religião e o medo para obter destes a servidão de que necessitam para legitimar a sua dominação. Os monarcas