Resenha sobre o texto o “jogo da alteridade: uma leitura da catequese”, evelina hoisel
801 palavras
4 páginas
Evelina Hoisel em seu texto mostra de que forma houve a tentativa de permutação dos valores da cultura indígena pelos valores da cultura europeia. Ela afirma que existe uma leitura desconstrutora da cultura “brasileira” quando se dá voz ao inconsciente e alguns textos e silenciam a camada que se manifesta através dos mesmos. No inconsciente dos textos sempre existe a voz do “outro”.O texto nos mostra o processo de conversão do outro que aqui é chamado de festa. Nesta festa há representações para semear a palavra de Deus.
Evelina afirma que na festa existem diversas manifestações que são feitas pelo teatro, pela missa, pelo batismo, pelo casamento e muitas outras. O objetivo da festa é conquistar o outro através da evangelização, não importando de que forma, mas importando tão somente ganhar “frutos”. Fruto é um sentido metafórico para designar a salvação de almas.
No decorrer da leitura do texto, observa-se que, o que parecia ser fácil aos olhos dos jesuítas, que era a conversão dos indígenas por parecerem inocentes, não foi tão fácil assim, o índio por suas características não aceita a fé cristã e não se incorpora dos valores desta cultura imposta. Essa característica faz com que os jesuítas se tornem mais constantes e criem diversos mecanismos para garantir um resultado benéfico.
Apesar da não retenção dos ensinamentos, o outro aparece sempre disponível a novas marcas, porém não fundamentam estas marcas em sua cultura.
O texto trás duas metáforas para tentar explicar de que forma a “palavra de Deus” é trazida e praticada pelos índios. Fala da estátua de Mamoré e a estátua de murta. A estátua de mármore é difícil de fazer, porém após ser feita possui uma forma fixa não precisando assim que o seu escultor retorne para moldá-lo com o passar do tempo. Já a estátua de murta é mais fácil de fazer, porém para que sua forma se preserve é necessário a constante presença do jardineiro para podá-la, senão tornar-se-á apenas uma arvore sem imagem alguma. Esta analogia