resenha sobre o livro O que é FILOSOFIA
No Brasil, nas últimas duas décadas, o ensino de Língua Portuguesa na escola vem sofrendo reestruturações, passando por redefinições, quanto à sua função. Tais mudanças têm ocorrido tanto no âmbito do saber acadêmico, como nos textos do saber e, por conseguinte, têm influenciado, de uma forma ou de outra, a prática pedagógica (SILVA, 2008).Em relação às transformações ocorridas no ensino de língua materna,desde a década de 1980 percebe-se uma mudança/avanço no trabalho com os eixos didáticos de leitura e produção de textos, no entanto, em relação ao ensino de análise lingüística, tais mudanças parecem acontecer ainda de forma bastante lentas. Diante desse quadro, nosso estudo pretende colaborar com a discussão sobre como os professores têm se apropriado dos novos encaminhamentos teórico-metodológico no que se refere ao eixo "análise lingüística", ou seja, como os mesmos têm transformado os textos dos saberes a serem ensinados em saberes efetivamente ensinados em sua sala de aula (processo de didatização).
O ensino da gramática na escola .O ensino da gramática na escola tem sido um assunto de grande polêmica e tem dividido opiniões, sobretudo de professores, quanto à sua importância/validação para a formação de leitores/escritores proficientes.
Sabe-se que hoje, o principal objetivo do ensino de Língua Portuguesa é o desenvolvimento da capacidade de comunicação tanto oral como escrita do usuário, de uma língua que ele mesmo já domina, no entanto, o que se vê nas escolas é que a maior parte do tempo disponível para o trabalho com a língua tem sido destinada a atividades de metalinguagem e, apenas uma pequena parcela desse tempo, para o trabalho com a leitura e a produção de textos (LEDUR, 1996).Travaglia (1997) e Geraldi (2003a) apontam que a concepção de gramática que tem norteado o trabalho do professor, e, por conseguinte ensinada em nossas escolas, é a da gramática normativa-prescritiva. Há uma preocupação em fazer cumprir um