Resenha sobre "O Grau Zero do Conhecimento"

A tentativa de compreender o homem, o seu papel e sua origem troxe na idade moderna uma ruptura com antigos conceitos de racionalidade, desenvolvimento e divisão do trabalho. E nesse contexto que nascem as ciências humanas. Em um primeiro momento elas se fundam nas ciências matemáticas, que até então eram o único padrão de racionalidade que não havia sido afetada por essas rupturas. Entretanto, em um segundo momento houve uma mudança neste ponto de apoio. As ciências da natureza se tornam o foco, em especial a física. Surge a noção de fenômeno como ponto de apoio contrariando a ideia de essência. Segundo este modo de pensar, as coisas não tem uma essência secreta. O que se tem na realidade é a superfície, sendo a aparência ou fenômeno a única realidade. Desta maneira a verdade deixa de ser uma essência a ser revelada ou descoberta e se torna um fato a ser descrito. O homem como ser pensante se coloca como um observador de sua própria história e passa a analisar e descrever os fenômenos como em expectador. Locke com sua compreensão da sociedade como um pacto de indivíduos dotados de instinto social criando um corpo de leis e instituições para a manutenção desse contrato mostra um homem como ser social. Smith traz a ideia de um homem com instinto econômico de acumulo de riqueza que se mostra maior que as mais básicas necessidades para se obter sempre mais. Entretanto essa visão se mostrou limitada e em determinado momento ouve uma mudança na reflexão antropologia como não haviam conseguido inserir o homem na natureza se inverteu os papeis e agora se tentaria incluir a natureza no homem. Tentando nesse processo entender os mecanismos reguladores da natureza no ser humano. O marco para essa época foi a teoria evolucionista de Darwin que influenciou muitos estudos. Em sua obra, A origem das espécies, Darwin desfere um golpe contra a ideia de o homem ser o centro do universo, ser perfeito. Agora o homem é apenas o resultado de um processo de evolução. O homem,