Resenha sobre o filme "o mercador de veneza"
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS
RESENHA DO FILME “O MERCADOR DE VENEZA” DE WILLIAN SHAKESPEARE
RECIFE, 05 DE OUTUBRO DE 2011. Como em outras peças de Shakespeare, há aqui duas narrativas paralelas: a oposição entre o nobre cristão Antonio, o mercador do título, e Shylock, o judeu agiota; e a corte de Bassânio a Portia. Bassânio é amigo de Antônio e para cortejar a moça, que é uma fabulosa herdeira, pede dinheiro emprestado ao amigo. O problema é que a fortuna do mercador está investida em navios, que se encontram em todas as partes do mundo; de forma tal que, para ajudar o outro, ele vai pedir dinheiro emprestado a Shylock, o judeu. O filme se passa em Veneza, cidade italiana, país e em algum período medieval. A Igreja Católica proibia terminantemente a usura (empréstimo de dinheiro a altas taxas de juros), o que, é claro, não daria muito certo numa cidade tão mercantil quanto Veneza. Afinal, comércio precisa de crédito e ninguém dá crédito de graça. Entram assim os judeus, que não têm problemas de consciência em emprestar dinheiro a juros. Apesar de serem vitais para a economia, isso não significa que os judeus fossem menos odiados. Antonio despreza Shylock, a quem já cobriu de cusparadas, mas ele precisa de dinheiro e cristãos não emprestam dinheiro, de forma que só sobra a ele ir atrás de um judeu. Considere que Antonio é a nata, o que há de melhor em Veneza, amado e respeitado por sua bondade e compaixão: se ele trata Shylock como menos que um cão, imagine como são simpáticos os outros cidadãos? Talvez não possamos encontrar muitos motivos para simpatizar com Shylock. Ele está longe de ser um personagem que inspire compaixão, preso a mesquinharias, disposto a ter sua libra de carne de qualquer maneira. Porém passou por anos de humilhação, de menosprezo, de ridicularizarão, de desrespeito. Shylock entende sua importância;