Resenha sobre o documentário: SOU SURDO E NÃO SABIA
Sandrine não se enxergava diferente das demais pessoas com as quais convivia e acreditava que a comunicação ocorria por telepatia, no entanto seus pais tinham duvida quanto à surdez. Levaram-na ao médico que disse não haver nenhum problema, mesmo assim permaneceram na duvida que tardiamente foi confirmada. Com essa confirmação os pais de Sandrine acabaram rompendo a forte ligação que havia entre eles e a filha, pois passaram a negar a surdez dela.
Sandrine foi matriculada em uma escola normal, mas era uma aluna invisível, pois tanto a professora quanto os alunos não a enxergavam nem buscavam uma forma de integrá-la naquele meio. Depois das aulas ela ia à fonoaudióloga, a psicóloga, mas nada aprendera. Dentre essas visitas após as aulas, Sandrine foi levada a um consultório onde uma Doutora colocou-lhe aparelhos auditivos. Nesse instante ela percebeu qual era sua condição e começou a ouvir alguns barulhos que para ela não faziam nenhum sentido. Daí por diante ela compreendeu que fazendo uso ou não dos aparelhos, ela não escutaria como os demais ouvintes.
Aos 9 anos de idade, seus pais a matricularam em um Instituto para surdos que tinha como foco a oralização e, portanto o uso da língua de sinais era proibido. Foi neste instituto que Sandrine conheceu pela primeira vez um surdo e viu-se frente à realidade, pois ali ela encontrou outras crianças que conseguiam compreendê-la, que queriam ajudá-la de alguma forma. Assim, o temor que ela carregava durante anos foi-se embora.
O documentário mostra o exemplo de uma escola bilíngue na qual ao mesmo tempo em que conteúdo de uma determinada disciplina é passada