Resenha sobre o contextualismo linguístico
Curso: Ciências Sociais
Disciplina: Tópicos de Moralidade Política
Professora: Eunice Ostrensky
Aluno: Lucas Martins França
Quentin Skinner, em Significação e Compreensão na História das Ideias, realiza a defesa de um procedimento metodológico particular: o contextualismo linguístico. Para tanto, ele inicia o texto criticando as abordagens “textualistas”, que consiste basicamente na análise exaustiva de textos clássicos – considerados autossuficientes para o estudo da história das ideias – e , com isso, encontrar as ideias perenes da história. Skinner nos mostra como essas abordagens podem cometer absurdos históricos e seus resultados podem ser considerados não histórias, mas mitologias. Após essa crítica, o autor começa a delinear um procedimento metodológico mais adequado para o estudo da história das ideias; ele o faz em oposição ao método denominado de “contextualismo sociológico”. Este texto tem como objetivo mostrar a diferença da proposta metodológica defendida por Skinner – o contextualismo linguístico – em comparação com o “contextualismo sociológico”. Pretende-se, portanto, esclarecer a concepção metodológica de contextualismo linguístico, que centra-se na análise da intenção dos autores clássicos ao produzirem determinado texto em um determinado contexto e entender que as palavras utilizadas por esses autores são muito mais ações frente aos paradigmas da época, do que simples conceitos dotados de conteúdos estáticos e universais. Valendo-se disso, passaremos para uma definição básica de “contextualismo sociológico” e, por fim, estabeleceremos a comparação entre essas duas noções. O procedimento metodológico de Skinner, isto é, o contextualismo linguístico é um método histórico de compreensão de textos, em particular de textos clássicos, que procura entender não só o que o autor disse, mas também qual a intenção do autor ao escrever determinado texto, qual o significado específico das