Resenha sobre o artigo: Um saber de fronteira – entre a Antropologia e a Educação (Tania Dauster)
Curso de Ciências Sociais – PARFOR
Disciplina: Antropologia e Educação
Professor: Dr. Estélio Gomberg
Acadêmica: Tereza Cristina Fidelis
Resenha sobre o artigo: Um saber de fronteira – entre a Antropologia e a Educação (Tania Dauster: Professora Emérita do Departamento de Educação da PUC-Rio, coordenadora da Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio, pesquisadora do CNPq).
No que tange a relação entre Antropologia e Educação, Dauster objetiva mostrar as contribuições que o olhar antropológico pode originar na pesquisa e na prática educacional, bem como problematizar a relação entre ambas as áreas, identificando a produção de um saber de fronteira.
Sabemos que a Antropologia é uma disciplina científica e seu foco de estudo é o homem e a sua cultura. Mas afinal o que é cultura? De acordo com Dauster, o termo cultura a partir do enfoque antropológico de Tylor (1871), inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, os costumes e as outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade, já para Geertz (1978), cultura são as vivências, as teias que o próprio indivíduo teceu. E a relação que existe entre os conceitos de cultura destes dois autores ao conceito de etnocentrismo é que ambos são focados nas próprias experiências vividas pelo homem em seu meio.
A opção da autora por essa abordagem ocorreu em função da necessidade de produzir uma atitude de “estranhamento” por parte do pesquisador da educação, segundo a qual outros sistemas de referência que não os seus próprios seriam por ele percebidos. Ou seja, o pesquisador, a partir desse exercício, estaria sensível para compreender outras formas de representar, definir, classificar e organizar a realidade e o cotidiano. Em outras palavras, o especialista desenvolveria o seu potencial para apreender maneiras de sentir, pensar e se fazer distintas daquelas que são suas. Em outras palavras, formar um profissional, fora da área das