Resenha sobre o artigo: ESTIGMA: PERCEPÇÕES SOCIAIS REVELADAS POR PESSOAS ACOMETIDAS POR HANSIENIASE
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O artigo propõe-se a compreender as percepções sociais de pessoas acometidas por hanseníase, além disso propõe uma relação entre o modo como a sociedade lida com estes sujeitos em comparação à época dos leprosários. Desta forma os autores iniciam a artigo contextualizando como era concebida a hanseníase na antiguidade, revelando que a doença era compreendida como uma maldição divina enviada por deus aos sujeitos que eram acometidos. Esta percepção de que estes sujeitos eram amaldiçoados e/ou castigos constitui-se como uma das ‘’bases’’ da representação social à cerca dos acometidos pela doença e, portanto, a instauração de um estigma que recai sob estes.
O estudo foi de natureza qualitativa descritiva, realizado com 07 clientes que já se curaram e/ou estão em tratamento para a hanseníase. O instrumento para a coleta de dados utilizado foi a entrevista semiestruturada realizada em quatro encontros dos pesquisadores com os participantes da pesquisa. Os depoimentos foram transcritos e passaram por uma analise de conteúdo de onde emergiram cinco categorias de analise: a relação trabalho e portador; a família e a perspectiva de cura; a interação com amigos; o despreparo de profissionais da saúde e as mudanças para inclusão social.
Em relação ao contexto de trabalho dos sujeitos acometidos por hanseníase revelaram que sentiram o peso do estigma da doença ao perceber que a partir do momentos que os empregadores e/ou colegas de trabalham percebiam a doença, logo em seguida pediam o afastamento dos sujeitos. Este tipo de ação parece revelar a dificuldade de se compreender a doença no ambiente de trabalho e um comportamento de higienização, ou seja, tende-se a ‘’isolar’’ o diferente ou não considerável normal. Um comportamento típico da época dos leprosários – que justificaram sua existência.
Na relação com a família e a perspectiva de cura observou-se que uma mudança de comportamento pois, ao comparar com a época do leprosários onde ainda não existia cura para a