Resenha sobre a Conferência XXVII
A transferência Na conferência intitulada “A transferência” Freud (1917) inicia seu discurso falando sobre os fatores que se deve levar em conta no adoecimento de um indivíduo, e também em sua posterioridade. Dentre estes fatores Freud propõe que pensemos em dois seguimentos primordiais: O primeiro seria a disposição hereditária, a qual o médico diz preferir abster-se sobre o assunto alegando que não há nada que se possa fazer para alterar um quadro hereditário, porém, garante que a genética tem sua importância na condição do tratamento de um paciente. Em seguida, cita o outro seguimento: as experiências do início da infância. A partir deste viés Freud (IDEM) explica que não pretende que os ouvintes de sua conferência encontrem soluções para os infortúnios de seus pacientes, mas, que estes possam compreender a função que o médico ocupa para com seu paciente. Freud questiona até mesmo a influência das regras da sociedade sobre as questões do paciente e conclui que o médico não deve deixar que privações morais sejam levadas para o tratamento, de modo quê conselhos e orientação não fazem parte do papel do médico. De forma a exemplificar a condução do tratamento e a influência do médico no mesmo falaremos sobre a neurose, concluindo que nesta estrutura psíquica os dois impulsos mentais que a permeiam (impulso libidinal e a repressão sexual) deve ser igualados. O médico não deve conduzir o tratamento de forma que um dos dois impulsos se sobressaia, pois, de qualquer forma o outro impulso mental ficaria insatisfeito. Concluindo assim, que no tratamento do neurótico o caminho que o terapeuta deve seguir é o que permita que o impulso libidinal e a repressão sexual se encontrem em um mesmo plano, permitiam que o paciente tome suas decisões por si mesmo. Desta forma, Freud expõe que o papel do médico tem suas limitações na condução do tratamento mediante as críticas morais que a sociedade impõe aos pacientes citando “Não