Resenha-sistemas de solfejo
O texto “Características e focos de aprendizagem de diversos sistemas de solfejo”, de Ricardo Dourado Freire, apresenta uma breve exposição dos principais sistemas de solfejo, assim como uma análise de cada um, segundo sua funcionalidade no ensino de música e sua base histórica.
Desde as culturas mais antigas, como a chinesa, a grega e a hindu, a associação de sons a sílabas vem sendo uma das metodologias mais usadas para o ensino musical. O monge italiano Guido D’ Arezzo foi o responsável pela criação de um sistema de solmização que teve grande aceitação, servindo de base e influência para os sistemas da cultura ocidental.
Como fruto de todo um processo de difusão do uso de solmização na didática musical, vemos em todo o desenvolvimento histórico relacionado ao seu estudo inúmeras formas onde essa prática foi estruturada de maneiras diferentes, até chegarmos aos sistemas modernos de solfejo. O autor os expõe dividindo em três grupos: Sistemas de Solfejo Fixo, Sistemas de Solfejo Móvel e Sistemas de Relações Intervalares.
Nos Sistemas de Solfejo Fixo, vemos quatro formas principais:
Dó fixo – sob forte influência do sistema de D’ Arezzo, utiliza no canto tanto a freqüência quando a nomenclatura das notas na partitura para a execução do solfejo. Não utiliza variação silábica para indicação dos acidentes. É o método utilizado no Brasil e na América Espanhola.
Letras alfabéticas – utilizado na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Alemanha, esse sistema faz uso das primeiras letras do alfabeto para designar as notas (A, B, C, D, E, F e G, a partir da nota Lá). Na Alemanha ocorre uma variante na nota Si (trocada por H), assim como a adição de sílabas para indicar as alterações de bemol e sustenido.
Tonwort (Carl Eitz) – implantando novas sílabas para representar cada nota diatônica, cromática e enarmônica, o alemão Carl Eitz criou um sistema que influenciou inúmeros teóricos alemães na criação de seus próprios sistemas, embora