Resenha Sert O Cosmopolita
Segundo o entendimento do poeta Pedro de Medeiros, Corumbá nos primeiros anos de 1900, se assemelhava a uma jóia. Tal Idéia foi reforçada pelos tripulantes do Vapor Coxipó, diante da imagem da cidade iluminada por luz elétrica, em uma noite do ano de 1912. Nesse período ocorre, também, a instalação das primeiras linhas telegráficas, as quais propiciaram um verdadeiro avanço tecnológico para a Cidade Branca, fortalecendo a idéia de integração nacional. Corumbá, no início de século XIX assim como outras cidades em diferentes pontos do país, utilizava a navegação fluvial e a de navios a vapor para o desenvolvimento econômico da região. Outros autores citam que, a liberação dos rios Paraguai-Paraná e bacia Amazônica, entre os anos de 1856 e 1867 possibilitaram maior integração dessa região com outras capitais do país, minimizando o problema de comunicação e tempo do transporte e da maior tonelagem de carga transportada da então província de Mato Grosso, com a Corte no Rio de Janeiro e exterior, inserindo-a ao mercado internacional.
No entendimento do autor, a navegação proporcionou um grande impulso à região, a Vila de Corumbá se tornou um porto que se integrava, através dos rios, a várias cidades e vilas de Mato Grosso, mantendo a sua ligação com as cidades platinas e com a Europa. Essa navegação foi interrompida com a Guerra do Paraguai, voltando a se estabelecer a partir da década de 1870, com o final da Guerra. Contudo, Corumbá foi elevado à condição de cidade no ano de 1878 sendo que, a partir disto, o Governo Imperial instituiu isenção de impostos possibilitando que várias mercadorias chegassem por preços bem mais acessíveis e novos produtos fossem disponibilizados para consumo havendo, também, incentivo à exportação. Corumbá passou de um povoado de caráter defensivo a um pólo de importação e exportação de mercadorias, se adequando à modernização capitalista e as questões urbanas. Com o