Resenha rápida mito do bom selvagem
E de certo modo, compartilhava da mesma ideia de bondade que Colombo tinha deles. Mas de acordo com o autor, quem mais contribuiu para a difusão do mito, foi Américo Vespúcio, e esse só se consolidou graças à André Thévet e Jean de Léry, que escreveram livros se baseando na sua experiência na França Antártica. Diante do confronto com a cultura indígena, Thévet começa a criticar a cultura europeia. Já Lery aprofundou – se no assunto da Antropofagia, relativizando – o de várias maneiras, afirmando que para o selvagem não era gula, sem algo espiritual, um sentimento de vingança. Afirma também que se sentia melhor vivendo entre os selvagens que na França. “No conjunto, as instituições francesas são mais bárbaras que as selvagens...” (pág. 422). O bom selvagem não era só no Brasil, mas também na América Espanhola. E, segundo os autores que contribuíram para o mito da época, afirmavam que toda a diversidade apresentava as mesmas características: “eram mansos e pacíficos”. Já na Inglaterra, o bom selvagem teve menos sucesso que na França ou Espanha. Autores como Rosseau, acreditavam que os selvagens não eram nem bons nem maus, porque não mantinham entre si, nenhuma relação moral, nem virtudes e nem vícios. Para todos os autores que contribuíram para o mito, o selvagem foi “usado” para