Resenha ruben bauer
“Gestão da mudança: caos e complexidade nas organizações” (Bauer, 2009) refere-se às dificuldades enfrentadas pelas empresas para sobreviverem em um ambiente instável e imprevisível, pois utilizam modelos que são inadequados para a atual realidade. Assim, o autor Ruben Bauer apresenta a Teoria do Caos e da Complexidade como alternativa viável para a empresa lidar com as descontinuidades ambientais. Ao fazer uma retrospectiva histórica, o autor mostra que estas dificuldades estão relacionadas ao modelo mecanicista das organizações, marcado pela burocratização, controle hierárquico, especificação rígida de tarefas, estabelecimento de regras e regulamentos detalhados. Busca-se o rendimento máximo, ou seja, eficiência. As organizações funcionam como máquinas que devem atingir objetivos pré-definidos. E isso somente é possível em condições ambientais estáveis, predominando-se o equilíbrio. No entanto, verifica-se uma contradição deste modelo com a realidade atual, marcada por oscilações, em que as empresas afastam-se do seu planejamento original em função de imprevistos. Parte-se para o segundo estágio – modelo orgânico – em que se prioriza a eficácia (fazer bem feito e adequado às circunstâncias) ao invés da eficiência e considera que a firma está inserida em um meio ambiente em evolução, cuja sobrevivência está atrelada a necessidade de adaptação, ou seja, há um retorno ao equilíbrio. Nestes dois modelos constata-se a tendência das organizações ao equilíbrio. E é justamente este princípio que dificulta a organização acompanhar a evolução do ambiente no qual atua. Outra dificuldade refere-se ao princípio da linearidade causa-efeito, em que as decisões e ações devem conduzir aos resultados previstos. A dinâmica organizacional contradiz a causalidade linear, pois as instabilidades características do meio ambiente inviabilizam a previsibilidade proposta pelo planejamento da empresa. As pessoas, partes constitutivas da empresa,