Resenha Redes, emergência e organização
Introdução
O mundo vive, desde o século XIX a emergência de inovações constantes de uma rede técnica que responde a necessidade social de determinadas áreas. Essas inovações permitem uma integração do território, possibilitando uma maior agilidade e qualidade na circulação de pessoas, mercadorias e informações. A burguesia foi capaz de definir a organização social, de acordo com seus interesses, investido em infraestrutura e norteando os investimos na implantação de linhas férreas por exemplo. A inovação estava presente tanto na área energética, quanto nas comunicações, que anulavam a distância a partir da instantaneidade com que as informações eram passadas. O papel das redes na organização territorial produziu vasta literatura, de como ela a sua inovação é capaz de criar condições sociais inéditas.
O Conceito de Rede
O termo Rede não é recente, a primeira vez utilizado como um conceito-chave, data do século XIX por Conde de Saint-Simon. Defendendo uma sociedade socialista, onde existiam apenas cientistas e industriais, o autor mostra que ligando os centros de produção temos um laço material (via de transporte) e um laço espiritual (bancos). A ligação entre eles é tão intensa, que caso um esteja bem traçado para explorar o globo, o outro já tem um caminho aberto para se instalar. Nesse projeto, deveria eliminar barreiras físicas, que obstruem a circulação de mercadorias. Após a instalação de uma rede ferroviária ligando regiões na Europa, aconteceu a expansão da rede bancária. A autora mostra como a burguesia desenhou o território brasileiro ao demonstrar que as estradas de ferro no país, seguiam o traçado visando atender os grandes proprietários. Não houve grandes estudos sobre a multiplicação e ampliação das redes em circuitos cada vez mais fechados. O planejamento urbana prioriza a questão fundiária e setorial e assim não permitindo uma reorganização das redes. A instantaneidade e simultaneidade das redes de