Resenha Raça e Progresso
Para Boas, usamos o termo raça para denotar um grupo de pessoas com características corporais e talvez mentais em comum (pág68), segundo ele não se deve aceitar a teoria de traços raciais hereditário, pois os traços deveriam ser partilhados por todos os membros da população, no entanto, encontramos poucos membros de uma população que não partilham dos traços hereditários predominantes, logo, limitamos o conceito de raça ao tipo ideal encontrado em uma localidade, excluindo os indivíduos da população que não se enquadram neste tipo. Poderia se falar em hereditariedade familiar já que encontramos diferentes linhagens em uma mesma população e encontramos uma maior diferenciação entre as linhagens do que entre as populações, porém as linhagens familiares não são determinantes na formação do que seria uma raça.
Em seguida Boas preocupa-se em desmistificar os supostos prejuízos da mistura das raças, ele começa dissertando sobre como a miscigenação foi importante na formação das populações modernas.
Recordemos as migrações que ocorreram em tempos antigos na Europa, quando os celtas da Europa ocidental espalharam-se pela Itália e no sentido leste, até a Ásia Menor, quando as tribos teutônicas migraram do Mar Negro em direção oeste, para a Itália, a Espanha e mesmo para o norte da África; quando os eslavos expandiram-se na direção nordeste, sobre a Rússia e no sentido sul, sobre a península dos Bálcãs; quando os mouros ocuparam uma grande parte da Espanha: quando os escravos gregos e romanos desapareceram em meio à população geral, e quando a colonização romana atingiu uma grande parte da região mediterrânea. È interessante observar que a grandeza espanhola