Resenha queijo e os vermes
Após lê-lo, conforme a dinâmica da atividade, resolvi escrever uma resenha crítica destacando os aspectos que me chamaram mais a atenção. E um deles foi o que autor fala no prefácio para a língua inglesa: “Como ocorre com frequência, esta pesquisa surgiu por acaso.” Enquanto ele pesquisava sobre os julgamentos de uma ceita do Friuli, deparou-se com uma longa sentença, onde uma das acusações era de que o réu propunha que o mundo havia se originado da putrefação. Em 1970,
Ginzburg iniciou a pesquisa que originaria mais tarde ao livro.
O Queijo e os Vermes narra a história de Menocchio. Um moleiro, funcionário de moinho, do Friuli que foi preso pela Santa Inquisição por suas ideias contrárias aos dogmas da Igreja Católica. Graças a ele, também é possível entender como as pessoas das classes inferiores viam, analisavam e compreendiam as questões mais polêmicas sobre o funcionamento do mundo. Nosso personagem sabia ler e escrever, procurava por livros, tentava compreendê-los, elaborava ideias próprias após terminar as leituras e tentava discuti-las com as pessoas de sua localidade. Ele se tornou um homem à frente de sua época, pois pensava e questionava livremente até ser impedido pela censura da época: a Santa Inquisição da Igreja Católica.
Quem esse indivíduo que permaneceu anônimo até o início do processo era, o que ele lia, como as pessoas de sua localidade lidavam com as ideias dele e quais as causas para a Inquisição interessar-se tanto por ele representam as questões descritas, debatidas e analisadas pelo autor com base em documentos processuais da
Cúria Episcopal de Udine, depoimentos escritos, contratos de aluguéis, cartas e algumas páginas escritas pelo próprio Menocchio.
Inicialmente, Ginzburg apresenta o personagem. Domenico Scandella
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