Resenha Propriedade industrial
Brasil Maior
Com mais ou menos empolgação, a comunidade de empresas, organizações e órgãos oficiais ligados à inovação está apostando na concretização do Laboratório Binacional Brasil-Estados Unidos. A iniciativa, que amplia o acesso de cientistas e pesquisadores aos centros de P&D em ambos os países, foi discutida durante a 3ª Conferência de Inovação Brasil-EUA, realizada quarta e quinta-feira na sede do BNDES, no Rio.
Uma das mais otimistas com a ideia é Debora Wince-Smith, presidente do Conselho de Competitividade (Council), para quem o laboratório será o ambiente propício aos profissionais que discutem e pesquisam grandes questões que afetam a região, como a interseção alimento-energia-água e o desenvolvimento de materiais avançados. Também estaria contemplada a área de ciências da vida, que permite compreender não só a genética humana, mas produzir medicina customizada e adicionar qualidade à vida cada vez mais longa das populações.
Em entrevista ao Valor a presidente do Council disse que a ideia é interconectar os pontos fortes de cada lado, criando, conjuntamente, não só pesquisas, mas novas empresas e joint-ventures que poderão atuar globalmente. "Nunca foi feita uma experiência assim antes, uma entidade como um laboratório binacional. Vai ser complexo e acreditamos que, baseados nestes dez anos de trabalho e resultados, estamos prontos para juntar toda essa capacidade e enfrentar os grandes desafios e oportunidades."
"Essa rede cria abertura dos dois lados, ampliando o acesso a equipamentos e ao desenvolvimento de projetos específicos, seja entre consórcios de empresas ou governos", diz Mauro Borges, presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Para ele, a maior aproximação promovida pela parceria Brasil e EUA se reflete também em investimentos de companhias importantes do setor de tecnologia que estão abrindo centros de pesquisas em ambos os países. Americanas como GE e IBM trouxeram parte