Resenha: Preconceito no cotidiano escolar
COLLARES, Cecília e MOYSÉS, M. Aparecida. PRECONCEITO NO COTIDIANO ESCOLAR ensino e medicalização. ? ed. São Paulo: editora Cortez. 1996.
Preconceito no cotidiano escolar é um livro de uma pesquisa realizada na cidade de Campinas/São Paulo, nos anos 90, em oito escolas situadas em zonas periféricas, contando 8 diretores e 40 professores no âmbito da iniciação escolar, no caso as 1ª séries do ensino fundamental.
Como respostas das problemáticas dos motivos que levam esses alunos ao fracasso escolar foi dada que o problema na maioria das vezes encontra-se no aluno ou na família, e até mesmo em ambos, e não na pedagógica do professor ou em falta de atuações político-pedagógicas. Os diretores, por sua vez, acreditam mais que o problema esteja na forma de atuar do professor ou no aluno e família, sem olharem de forma crítica e contextualizada a influência que a estrutura física da escola pode ter sobre os alunos. Percebesse logo no começo que os entrevistados não levam em conta a individualidade de cada aluno, se eles não aprendem a culpa é logo direcionada aos próprios alunos que são diagnosticados pelos professores como portadores de alguma dificuldade, deficiência mental.
O diagnóstico dos alunos é feito pelos professores já no primeiro semestre, pelo cotidiano escolar, onde são chamados os pais e solicitado um encaminhamento ao médico. Essa situação, que acaba sendo repetitiva a um mesmo aluno, rotulando-o, e acaba por leva-lo a acreditar que tem mesmo algum problema, mesmo por vezes sendo o que se diria uma criança normal, o que leva-o a agir de maneira a tal como se tivesse mesmo algum problema, sendo assim vista pelos que o rodeiam como uma criança que tem problemas de saúde mental.
Outras respostas direcionadas a esta problemática foram:
Que a família não tem “acervo” cultural suficiente para ajudar no desenvolvimento escolar desta criança;
A desnutrição. Criança com fome não aprende.
Falta de tempo dos