RESENHA politica social

Na obra Política Social: fundamentos e história as autoras abordam várias teorias e seus respectivos métodos que influenciaram a análise da política social, assim como o surgimento da questão social e as diferentes configurações desta e sua influência nos fatores econômicos, culturais, sociais e políticos históricos e as consequentes mudanças nas concepções de classes sociais, no Estado e principalmente na política social.
Assim, num primeiro momento as autoras tratam da perspectiva funcionalista, onde expõe os principais argumentos de Émile Durkheim em suas regras do método sociológico, que consiste em tratar os processos sociais como fatos sociais. Neste momento, Durkheim propõe um conjunto de regras que se constituem com forte inspiração no empirismo, que baseia-se nas experiências comprovadas e no positivismo. Nesse processo a relação sujeito objeto se dá de maneira dicotomizada, pois os fatos sociais possuem natureza exterior à esse sujeito e exercem um poder de coerção sobre ele, sendo assim o mesmo não tem relevância dentro do processo de conhecimento.
Contudo, apesar de questionador, o trabalho de Durkheim foi de suma importância para entendermos como se deram alguns processos no decorrer da história, ademais as autoras nos colocam que estamos passando por um certo revival, quando encaixam o conceito de anomia para descrever a “desorganização” do capitalismo atual e suas consequências dentro da sociedade, no entanto, não se pode resolver tais questões apelando para os sentimentos morais, como sugere o autor.
Desse modo, a crítica das autoras prevalece no sentido da teoria de Durkheim ser muito limitada e superficial o que implica para o esclarecimento dos processos sociais, diante disso não podemos ver a questão da desigualdade social como uma lei natural, imutável e exterior a nós, pois antes de tudo somos sujeitos dentro da sociedade e dela somos impregnados.
Adiante as autoras discorrem sobre o universo do idealismo que trata de desvelar o pensamento