Resenha: Pedagogia do Oprimido Versus Pedagogia dos conteúdos
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Resenha: Pedagogia do oprimido versus pedagogia dos conteúdos O autor inicia o capítulo conceituando historicamente as obras de Paulo Freire, Educação para a prática da liberdade e Pedagogia do Oprimido. Nesse texto, de maneira particular, vamos tecer comentários a respeito da segunda obra citada. Em Pedagogia do Oprimido Freire trás uma análise do processo de dominação que está no bojo das relações pedagógicas. Também trás uma análise das criticas sociológicas da educação institucionalizada nos países desenvolvidos. Na visão de Freire o ato de conhecer não é isolado e individual. A intercomunicação está presente no ato de conhecer, e é mediada pelos objetos a serem conhecidos. Assim, o ato pedagógico se torna dialógico. Nessa perspectiva, todos os sujeitos estão envolvidos no ato de conhecimento, e educador e educandos criam dialogicamente, um conhecimento do mundo. O conceito de “educação problematizadora” norteia a proposta de um currículo onde está presente elementos do currículo tradicional. Por exemplo: conteúdos programáticos. Porém, Freire se mostra diferente na forma como se constroem esses elementos. Nessa concepção diferenciada de currículo, é a própria experiência dos educandos que se torna fonte primária de busca de temas significativos que vão construir o conteúdo programático. E ainda, Freire reforça a importância dos especialistas e educadores que estão próximos dos educandos no sentido deles serem os indivíduos responsáveis pela organização do currículo desestruturado que deverá ser buscado na realidade dos interessados, ou seja, os educandos. Essa antecipação cultural sobre currículo caracterizou uma pedagogia pós-colonialista, onde, buscou-se problematizar as relações de poder entre os países colonizadores e os colonizados. Para ele, “uma prática educacional que não consiga se separa da política perde sua especificidade” (pg. 63). Existe na